sexta-feira, 31 de julho de 2009

OS ESCUTEIROS E AS ELEIÇÕES PARA CARGOS POLÍTICOS


- Os caminheiros e dirigentes, podem integrar as listas para as autarquias locais ?

Dispõe o artº 4º ECNE que “ O CNE não se identifica com qualquer ideologia partidária nem com o poder constituido” isto quer dizer que o CNE é apartidário e que os seus associados não se identificam com nenhum partido ou ideologia partidária, nem com o Governo da Nação, o que implica desde logo que qualquer tipo de ligação publica entre um associado e um qualquer partido ou Governo é proibida, nessas qualidades.

Essa sua independência é reafirmada no artº 1ºnº1 RG que estabelece que o CNE “é um movimento de caracter não político, aberto a todos”

E mais explicitamente no artº 8º1 RG que proclama de novo que: “ não se identifica com qualquer ideologia político-partidária nem se integra em qualquer organização que subordinem a sua acção a tal ideologia”,

no nº3 impõe que “ não é permitido usar ou revelar a qualidade se Escuta em manifestações de caracter politico- partidário”, e

ainda no nº4 que “ o exercicio de direcção partidária por dirigentes, determina a suspensão de cargos electivos no CNE”.

Daqui resulta em sintese que como cidadãos (e o escutismo visa formar bons cidadãos para os respectivos países), podem integrar listas ás eleições autarquicas, mas não podem nunca usar, por qualquer modo ou circunstancia a sua qualidade de escuteiro (manifestações, comícios, uniforme ou outros simbolos escutistas), nem essa qualidade pode por qualquer modo ser dada a conhecer aos eleitores (curriculum, panfletos, fotos publicas, etc).

Se a pessoa não consegue ser dissociada da sua ligação ao escutismo, então deve fazer uma opção: não se candidatar ou candidatando-se suspender as suas funções ou cargos na associação ou sair do activo.

A acrescentar, gostaria de deixar uma impressão pessoal:

Em face do que temos assistido, o exercício de funções politicas não é bem conotado.

O Escutismo é um estilo de vida, e há sempre interferências entre o Escutismo e o politico mesmo que inadvertidamente, ou a suspeição de que tal ocorre, o que não favorece o escutismo.

Por isso o meu conselho seria: ou no escutismo ou na politica. É uma questão de opção de vida. Seria este o conselho pessoal.

José Carreto (vogal do CFJN)

1 comentário:

Armando Alves disse...

Nova Mensagem no Azimutes.