Escuteiros dinamizam
Domingo de Ramos na Paróquia de Vilar da Veiga
O Agrupamento de Escuteiros 1364-
Pedra Bela, voltou a surpreender os paroquianos de Vilar da Veiga com a disponibilização
dos ramos para as cerimónias religiosas do domingo do mesmo nome.
Lobitos, exploradores e pioneiros,
distribuíram-se em tarefas distintas, tendo como único objectivo a dinamização
da Paróquia para um dia que marca a entrada na semana denominada Santa e que
para os católicos é a maior por reviver os passos do Senhor, naquela que foi
uma caminhada de sofrimento e martírio mas que teve como desfecho apoteótico a
Ressurreição que a todos redimiu.
Mas nesse dia, domingo de ramos, em
que a reflexão da Igreja se havia de concentrar na entrada triunfal de Jesus
Cristo em Jerusalém e nos passos que se lhe seguiram, até à condenação à morte
e morte na Cruz, serviria também para reunir numa outra perspectiva, não só, todos
os membros do Agrupamento, mas também os seus familiares. Esta concentração que
só teve lugar após a participação na missa dominical na capela de Santa
Eufemia, no Gerês, ocorreu nos claustros, junto à bica termal, cujas águas e
segundo a lenda, terão brotado da rocha quando os algozes que perseguiam
Eufemia, numa luta feroz contra o catolicismo, ali a precipitaram. Pois foi
nesse local, gentilmente cedido, pela Administração da Empresa das Águas do
Gerês, que a fogueira se acendeu, não para mitigar o frio, que também se fazia
sentir, mas para pôr o pote a ferver de onde haveria de sair um caldo bem
característico da casa de lavoura terrabourense, confeccionado com mestria
pelos voluntariosos, Serafim Pires e João Madeira.
Este caldo e este pote, já começam a
constituir uma verdadeira referência no cardápio gastronómico da nossa terra.
Ao propô-lo como “malga do dia” a
Direcção do Agrupamento também lhe quis dar essa dimensão e significado.
Depois desta refeição, onde
estiveram cerca de cem participantes,
procedeu-se à passagem de três lobitos
para a secção de exploradores e de um explorador para a secção dos pioneiros.
Estas cerimónias, cujo imaginário se baseava no lema “S. Pedro pescador de
Homens” que estavam previstas acontecer
junto ao lago do jardim das termas, tiveram que realizar-se na galeria termal,
porque a água que vinha do céu, continuava de forma copiosa a “benzer” tudo e
todos numa demonstração que é assim que deve ser em domingo de ramos, para que se cumpra o adágio de “ramos
molhados, Páscoa enxuta”.
Esperando que tal aconteça, os
escuteiros irão incorporar-se no compasso que há-de percorrer a freguesia no
domingo de Páscoa.
Avelino Soares
Secretário do Agrupamento